Carta a mim mesma


Voltei a escrever! Não vou parar nunca, por mais inútil que seja (e talvez não seja).
(Caio Fernando Abreu, carta a Nair Abreu)


Oi você que está lendo essa mensagem, desta vez não escrevi com nenhum propósito ou direcionado a ninguém, ou talvez ela tenha um objetivo sim, a de provocar alivio na autora que a escreve, pois ultimamente tenho andado muito confusa, o que sempre foi normal, acredito que não só a mim, como também muito de vocês leitores, já que esta mensagem não se trata de uma mera inspiração imaginária, ela refere-se a coisas até complicadas para traduzir nesta folha de papel, são tantas as palavras que é como se entrassem em conflito, não estou aqui buscando alguma forma de filosofar sobre os dilemas que freqüentemente nos abalam, porque na verdade, esta a quem a escreve mal sabe o que realmente quer falar, generalizando, ( ela não sabe o que quer) , encontra-se sufocada com as circunstâncias e suas próprias experiências, combinação explosiva para uma pequena mente jovem não? E carente! Carente de mudanças,  e mesmo que ela passe esta imagem feliz de menina forte, ela não é, e às vezes nem gosta dessa falsa identidade, pois querem mesmo saber da verdade? Ela é FRACA! , ela tem medos, ela sofre por coisas banais, como a solidão, a falta de algo, o medo da perda, do julgamento das pessoas, há vezes ela chora por nada, ou por um motivo que pensou estar enterrado La no passado, mas vem a tona só para lhe martirizar, ela sofre por si, pelos outros, e mesmo que contrarie a si mesma, ela está la com aquele sorriso decorado no rosto. 

Ai você se pergunta novamente, o porquê dela estar escrevendo isso, simplesmente pelo fato de que ela por certos motivos nunca se acostumou em poder confiar totalmente nas pessoas, ou nunca conseguiu desabafar o TUDO que tem em si, prefere dissolver tudo em palavras, ela tem o papel e a caneta em mãos, eles sempre estarão disponíveis para  ela e suportarão os pingos de lagrimas quando la dentro tudo estiver pesado demais , e se depois de ler tudo isso e não ter entendido ainda, é normal, nem eu as entendo, acho que sou um enigma até pra mim, mas de alguma forma, me sinto muito melhor agora.    

A escritora

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